CASA DE PÁSSARO É ASSIM

sábado, 26 de dezembro de 2009

PLANTEL PARA 2010 CANÁRIOS

Em contrução - mas breve penso

PRINCIPIOS GENÉTICOS



PRINCIPIOS GENÉTICOS
(CANÁRIOS DE COR)

Qualquer pessoa, logo que pense em fazer criação de canários, começa a tentar compreender algumas regras básicas para o acasalamento destas aves. Devo desde já adiantar que esta não é uma área muito fácil de entender visto a genética ser uma ciência bastante complexa e em evolução. De qualquer forma, mesmo pequenos conhecimentos, são excelentes para a criação de canários. Para começar, penso que será benéfico clarificar alguns termos utilizados:


Gene - Factor de transmissão de carácter hereditário constituindo uma unidade independente.


Genótipo - Totalidade de genes, composição hereditária de um indivíduo, através da herança paterna e materna.


Fenótipo - Aspecto determinado pelo Genótipo e por modificações eventuais (por exemplo derivadas de condições ambientais).


Carácter Hereditário - Qualquer característica de um ser vivo susceptível de ser transmitido à sua descendência.


A herança genética, genótico, de um indivíduo já se encontra no ovo. O ovo resulta de união do espermatozóide ( herança genética do pai), com o óvulo ( herança genética da mãe). Essa informação genética encontra-se nos cromossomas.Quando os genes (um do pai e outro da mãe), que determinam um carácter são iguais estamos perante uma situação de Homozigotia. Quando os genes (um do pai e outro da mãe), que determinam um carácter são diferentes estamos perante uma situação de Heterozigotia.
Num caso de heterozigotia, o filho apresenta, ou o carácter do pai, ou o carácter da mãe, ou apresenta uma situação nova resultante de combinação dos genes do pai e da mãe. Se apresenta o carácter do pai dizemos que esse carácter é dominante e o da mãe é recessivo. Dizemos ainda que esse filho é portador do carácter recessivo da mãe, porque o tem no seu genótipo mas não se manifesta. Se o que surge é uma mistura dos dois caracteres (do pai e da mãe) dizemos que não há dominância. Por vezes, a informação que um gene contém altera-se, passando a transmitir uma informação diferente dando-se o que se chama uma mutação, aberração cromossómica ou alteração genética. Estes acidentes genéticos, tais como alteração, eliminação, duplicação, trissomia de
par e "crossing-over" são bastante complexos não cabendo tais explicações no âmbito deste pequeno texto.


O "crossing-over" permite obter canários Isabel cruzando canários castanhos com Ágatas. O sexo dos canários é também determinado pela combinação dos genes. Desta forma, talvez seja possível entender-se os caracteres ligados ao sexo. Um macho que possua um carácter ligado ao sexo pode dar origem a fêmeas que não o apresentem e a machos que o apresentem.
O macho pode ser Puro, Portador ou Normal a fêmea pode ser Pura ou Normal. Nem todos os caracteres são ligados ao sexo.
  Chama-se factor letal àqueles caracteres que quando se apresentam em homozigotia (igual no macho e na fêmeas) conduzem à morte do embrião. Estão neste caso duas situações bem importantes:


- carácter Branco - Dominante


- carácter intenso



Segue-se uma lista de factores dominante e recessivo:

   Dominante                                  Recessivo


- Oxidação                                               - Diluição
- Não Pastel                                             - Pastel
- Não Opala                                             - Opala
- Não Ino                                                 - Ino
- Não Satinet                                           - Satinet
- Não Marfim                                          - Marfim
- Não Branco                                           - Branco
- Intenso                                                   - Recessivo
- Eumelanina Negra                                - Eumelanina Castanha
- Negros-Castanhos                                - Castanhos
- Negros-Castanhos                                - Ágatas
- Negros-Castanhos                                - Isabelas
- Ágatas                                                    - Isabelas
- Castanhos                                              - Isabelas


Factores onde não se manifesta qualquer dominância:


Presença de refracção                           Ausência de refracção


Presença de Melanina                           Ausência de Melanina


Factor vermelho                                    Factor Amarelo


Carácter não ligados ao sexo:


O factor que determina a presença de melanina


O factor Ino


O factor de refracção


O branco dominante


O branco recessivo


O factor Opala


O factor intenso


O factor amarelo e o vermelho


Carácter ligados ao sexo:


O factor que determina a presença de eumelanina negra


O factor determinante da diluição (Ágata - Isabel)


O factor determinante do efeito pastel


O factor marfim


O efeito Satinet


Exemplos práticos:



1 Acasalando um canário Amarelo Puro com canário Branco Recessivo, obtêm-se exemplares amarelos portadores de Branco.


2 Acasalando entre si, os canários resultantes do cruzamento anterior, têm uma descendência


25% de Amarelos - Puros, 25% Brancos - Puros e 50% de canários Amarelos Portadores de Branco.


3 Do cruzamento de um canário de plumagem intensa e um nevado, dá origem a 50% de canários com plumagem intensa e 50% com plumagem nevada.


4 Acasalando dois canários nevados só terão filhos nevados.


5 A união de dois canários intensos, dá 50% de exemplares com plumagem intensa, 25% com plumagem nevada, e 25% de embriões mortos (factor letal).


6 Do acasalamento de um canário com poupa com um canário de cabeça lisa, dará origem a um número igual de canários com e sem poupa.


7 Da união de dois canários com poupa, 50% terão poupa, 25% terão cabeça lisa e 25% de embriões mortos.


Regras para o acasalamento de canários com factores ligados ao sexo.


1   Macho Puro x Fêmea Pura - Todos os descendentes são puros.


2   M Puro x F Normal - 50% machos portadores, 50% fêmeas normais.


3  M Portador x F Normal - 25% machos portadores, 25%machos normais,   25% fêmeas puras e 25% fêmeas normais.


4   M Normal x F Pura - 50% machos portadores 50% fêmeas normais


5   M Portador x F Pura - 25% machos puros, 25% machos portadores, 25% fêmeas puras e 25 fêmeas normais

autor desconhecido

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

PRINCIPAIS DOENÇAS



ACARÍASE RESPIRATÓRIA



Causas: Ataque do ácaro Stermostoma tracheaculum, nas vias respiratórias. As exposições, trocas e compras de aves são as principais causas pela instalação da doença nas instalações.


Sintomas: Respiração penosa, ofegante, tosses, plumagem desalinhada, emagrecimento da ave, abertura do bico sincronizado com os movimentos respiratórios, as aves afectadas com ácaros, ficam inquietas, mexem nas penas e mostram uma debilidade geral.


Tratamento: Isolar a ave, mantendo-a durante alguns dias numa gaiola limpa e desinfectada, aplicando insecticidas próprios para aves. Pulverizar a gaiola ou aviários com insecticidas, deixando actuar durante alguns dias e lavar tudo até á nova introdução das aves.


ÁCAROS DAS PENAS


Causas: Parasita Syrongophilus bicectinata.


Sintomas: As penas apresentam-se caídas, é possível percebe-los como pequenos traços escuros entre as bárbulas. Para verificar se a ave está sendo atacada por ácaros, pegue-a e observe as suas asa aberta contra a luz.


Tratamento: Pegue a ave, abra as asa e pulverize uma única vez com insecticida próprios a uma distância de uns 30 cm.


ÁCAROS VERMELHOS


Causas: Parasita Dermanysus gallinae. Este parasitas causam grandes problemas na reprodução são os chamados piolhos vermelhinhos, só apresentam esta cor vermelha quando estão cheios de sangue, caso contrário sua cor é pardo-acinzentada.


Sintomas: Estes ácaros escondem-se durante o dia nas ranhuras dos poleiros, molas das portas, buracos na parede ou teto das gaiolas, ninhos durante a criação, atacando as aves durante noite, as aves não param de se bicar tentando tirar os ácaros.


Tratamento: Pulverize poleiros, molas, ninhos e paredes com um spray insecticida para aves, podendo-se aplicar tb nas aves de acordo com a bula do medicamento.


ANEMIA


Causas: Falta de glóbulos vermelhos provocada por uma deficiente alimentação, carências de vitaminas, por contágio de algum parasita, ou falta de espaço, sementes estragadas, mofadas ou velhas, ataque do piolho vermelho.


Sintomas: Ave com bico e pele muito pálido e descorado, tem falta de apetite e apresenta emagrecimento, não tem equilíbrio no poleiro, plumagem opaca, sem brilho.


Tratamento: Acrescentar na alimentação papa de ovo, verduras e um complexo vitamínico.


AEROSACULITE


Sintomas: Respiração difícil e ruidosa com silvos pronunciados. Falta de vivacidade, o pássaro fica infértil e não canta.


Tratamento: Existem vários medicamentos de vários fabricantes no mercado, Reforçar a alimentação adicionando vitaminas na papa.


ARTRITE


Causas: Hereditariedade, mudanças de temperatura, aviário húmido e sem condições de higiene, alimentação inadequada.


Sintomas: Detecta-se por um inchaço nas articulações, particularmente nas asas e patas, ficam as aves constantemente no fundo da gaiola.


Tratamento: Lavar as zonas afectadas com desinfectante próprio e aplicar uma pomada anti-fungicida, fornecer verduras.


ASMA


Causas: Poeira, corrente de ar, alimentos condimentados e de fraca qualidade, gaiolas sujas,ventilação e higiene das instalações.


Sintomas: Respiração difícil, acesso asmático frequente e ofegante, muito cansaço com pouco esforço. Em casos muito graves imobilidade, olhos entreabertos, penas soltas respiração acelerada intermitente com emissão de pequenos gemidos, bebe muita água e fica com falta de apetite.


Tratamento: Eliminar frio, vento, poeira, humidade, colocar a ave em gaiola com temperatura controlada “ gaiola hospital a 30º”, na hora da crise administrar antibióticos e tónicos. Reforçar a alimentação adicionando vitaminas na papa e retirar sementes gordas.


ASPERGILOSE RESPIRATÓRIA


Causas: Parasita ou fungo de alimentos semi-deteriorados.


Sintomas: As aves parecem estar suadas, fezes esverdeadas, movimento de cauda acompanhando a respiração, abrir e fechar do bico com muita frequência. A respiração em alguns casos é bastante ruidosa.


Tratamento: Não há tratamento satisfatório com medicamentos específicos, contudo pode-se conseguir resultados com alguns medicamentos encontrados no mercado e complexo vitamínico para melhorar a resistência.


BRONQUITE OU TRANQUEITE


Causas: Correntes de ar, aves em local com fraca renovação do ar, bruscas mudanças de temperaturas.


Sintomas: A ave perde o apetite, narinas obstruídas, bico aberto, rouquidão e catarro, a ave não canta e fica agitada.


Tratamento: Isolar a ave na “ gaiola hospital “ à temperatura de 30º, administrar antibióticos e


vitaminas A e D.


CANDIDIASE


Sintomas: Penas arrepiadas, falta de apetite, dificuldade para ingerir alimentos, vómitos e as vezes diarreia.


Tratamento: Assim que aparecer os primeiros sintomas, bons resultados são conseguidos com vários medicamentos.


CARÊNCIA VITAMÍNICA


Sintomas: Falta de vigor, queda de penas fora de época e falta de apetite. Os machos não cantam e de modo geral o pássaro fica adormecido durante o dia no fundo da gaiola.


Tratamento: Dar vitaminas do complexo B (B12) em bebedouro, diariamente. Alimentação enriquecida com maçã e verduras em dias alternados durante 30 dias. Banho nos dias quentes e sol durante 15 minutos no horário da manhã. A papa com ovo cozido não deve faltar.


COCCIDIOSE


Causas: Alimentos e água contaminados pelas fezes ou saliva de outras aves doentes, a coccidiose está directamente relacionada com cuidados gerais de higiene, pode-se fazer prevenção fazendo uma alimentação bem pensada, água limpa e mudada diariamente, manejo adequado ao tipo de criação, isolamento das aves doentes, realizando exames clínicos em caso de mortalidade elevada.


Sintomas: Cansaço, sede contínua, o osso do peito fica saliente, há emagrecimento, fezes aquosas, desidratação e diarreia com fezes com estrias de sangue ou de coloração bem escura.


Esta doença não tem cura.


A coccidiose atinge principalmente o intestino delgado e os cecos em especial dos filhotes, provocando hemorragias.


Tratamento: Existem vários medicamentos de vários fabricantes no mercado para prevenir.


COLIBACILOSE


Causas: Parecida com a coccidiose, mas só com exames veterinários pode ser constatada. É transmissível a animais domésticos e ao homem, porém é uma doença rara de ocorrer, doença provocada por um agente bacteriano com variantes, umas sem causar males maiores, convivendo pacificamente no intestino da ave e outras pelo contrário são patogénicas e resistentes a antibióticos.


Sintomas: Os sintomas tanto nos jovens como nos adultos manifestam-se por sonolência, falta de apetite, a ave se retira para um canto da gaiola, diarreia esverdeada frequente e de cheiro intenso deixando a região da cloaca suja, vómitos frequentes de alimentos misturados a uma substância e a um fluído esverdeado, as penas das fêmeas podem-se apresentar molhadas pela diarreia das crias. Nesses casos a mortalidade é muito elevada entre os primeiros dias de vida das jovens aves.


Tratamento: Antibióticos e desinfecção com bactericida solúvel adequados à doença com duração média de 10 dias, sendo que devemos complementa-lo com um bom complexo vitamínico após esse período.


CONSTIPAÇÃO OU PRISÃO DE VENTRE


Causas: Falta na variedade dos alimentos fornecidos as aves.


Sintomas: Esforço apresentado pela ave, ao evacuar, acompanhado de movimentos e sacudidelas. Ventre inchado, fezes duras, cloaca inchada e vermelha.


Tratamento: Pingar na cloaca azeite duas vezes ao dia, dar-lhes verduras, frutas e vitaminas.


CORIZA


Causas: Bruscas mudanças climatéricas, aves em locais húmidos, aves mal alimentadas, falta de vitamina C.


Sintomas: Corrimento nasal, tosse, respiração difícil, mucosa congestionada, falta de vivacidade, anorexia, corrimento de cerume das narinas, que pode se tornar um ranho purulento, continuamente frequente e mucosa congestionada.


Tratamento: Existem vários medicamentos de vários fabricantes no mercado. O tratamento deve ser mantido até o desaparecimento da doença.


DIARREIA


Causas: Má alimentação “alimentos azedos, deteriorados e água suja”, fraca higiene no canaril.


Sintomas: Evacuação constantemente com fezes líquidas de cor amarela-esverdeada, falta de apetite e emagrecimento, cloaca inflamada, abdómen apresenta cor avermelhada.


Tratamento: Isolamento da ave na « gaiola hospital » e administrar um antibiótico adequado à base de Terramicina ou Aureomicina. Dar vitamina C e retirar todas as verduras e sementes negras ficando a ave só a comer alpista até ao seu restabelecimento total.



DIFTERIA


Causas: Causada pelo bacílo Klebbs-löffler, doença infecciosa, doença epidémica e se alastra rapidamente, não tem cura.


Sintomas: Olhos avermelhados, parecidos à conjuntivite, a ave não consegue engolir os alimentos, respiração com dificuldade.


Tratamento:Existem vários medicamentos de vários fabricantes no mercado


DOENÇA RESPIRATÓRIA (CRÔNICA) - D.R.C.


Sintomas: dificuldade de respiração, espirros, corrimento nasal e ocular. Esta doença é bastante semelhante a coriza.


Tratamento: Existem vários medicamentos de vários fabricantes no mercado.


ENTERITE


Causas: Inflamação dos intestinos, uma das principais causas de morte dos filhotes no ninho.


Sintomas: Diarreia, plumas da cloaca suja pelas fezes, abdómen duro e vermelho e a ave emagrece, para de cantar, tem muita sede.


Tratamento: Existem vários medicamentos de vários fabricantes no mercado, vitaminas A e D e eliminar as verduras.



EPILEPSIA


Causas: Alimentação em excesso, sustos, luzes fortes durante a noite, excesso de acasalamento e incubação.


Sintomas: Convulsões.


Tratamento:


FRACTURAS


Quando a ave partir um osso, a primeira providência é retirar os poleiros e colocar água e comida próximo do fundo da gaiola à disposição da ave.
Será necessário fazer uma tala para o osso fracturado, usando gesso dissolvido em água ou álcool.


Se for a perna que partiu, pegue uma palhinha cortada ao meio, coloque as duas partes na perna e passe o gesso, deixando uns 45 dias, após retire o gesso.


Se for a asa que partiu, será necessário cortar todas as penas da asa, dependendo da fractura, tente imobiliza-la com gesso.


Caso não consiga, o melhor e mais correcto é levar a ave a um veterinário, que esta mais acostumado e habilitado a fazer estes serviços.


HEPATITE


Causas: Inflamação do fígado oriundo de excesso de alimentos gordurosos.


Sintomas: Dilatação do baço, sonolência, perda de apetite ou fome exagerada, tendência para brigas e fezes líquidas, manchas violetas no ventre, com hipertrofia do lóbulo hepático.


Tratamento: Alimentação refrescante, com cenouras, verduras e frutas. Existem vários medicamentos de vários fabricantes no mercado, recomenda-se dar somente alpiste


INDIGESTÃO



Causas: Ocorre em canários glutões.


Sintomas: Sonolência, falta de vivacidade, a ave não canta e não se alimenta, ventre inchado, fezes dura, cloaca inchada e de cor vermelha.


Tratamento: Existem vários medicamentos de vários fabricantes no mercado.


INFLAMAÇÕES


Dos Membros:


Causas: Picadas de insectos ou inflamação intestinal ocasionada por deficiência alimentar.


Sintomas: Pés, asas, dorso e cabeça apresentam sinais de infecção, em forma de excrescência que se extraído são mortais.


Tratamento: Pomadas ante inflamatórias.


Da Língua:


Causas: Incapacidade de quebrar as sementes, falta de grite ou osso de choco na gaiola e por distúrbios glandulares.


Sintomas: Substância calosa na língua não deixando a ave se alimentar.


Tratamento: Extracção.


Do Uropígio:


Causas: Excesso de gordura, ou ferimento ocasionado pela ave quando espreme a gordura do uropígio ao espojar-se.


Sintomas: Pequeno tumor na glândula do uropígio, a ave perde a fome e a voz, ficando fraca.


Tratamento: O pus deve ser retirado e o local tratado com água oxigenada e tintura de iodo ou mercurocromo.


Intestinal:


Causas: Ingestão de alimentos indigestos ou alimentos fortes que alojam no estômago e intestinos, provocando intoxicação.


Sintomas: Fezes abundantes, abdómen dilatado, cloaca inflamada, a ave não se alimenta.


Tratamento: Antibióticos para cortar as dores de barriga e correcção da alimentação.


Olhos:


Causas: Corrente de ar frio, poeira, ciscos, machucados provocados por acidentes.


Sintomas: Olho vermelho, inflamação, a ave esfrega constantemente os olhos do poleiro.


Tratamento: Limpeza dos olhos com água e pomada oftalmológica.


INFERTILIDADE


Sintomas: Ovos claros, o pássaro não entra em forma para reprodução. A fêmea recusa sempre o macho ou vice versa.


Tratamento: Vitaminas e alimentação sadia devem ser oferecidas aos pássaros para que na época de reprodução estejam em forma. É recomendável adicionar em 1 quilo de papa seca 2 gramas de vitamina “E” em pó.


MUDA ANORMAL


Sintomas: Muda de penas fora de tempo, irregularidade na formação das penas ou quedas contínuas.


Tratamento: Identificar e ultrapassar o problema que pode ser: Mudanças bruscas de temperaturas, excesso de calor ou frio; local muito húmido ou muito seco; correntes de ar; mudança de alimentação; stress, baixa luminosidade durante o dia; excesso de luminosidade artificial. Identificada a causa administrar boa papa enriquecida com vitaminas e minerais diariamente.


OBESIDADE


Causas: Alimentos gordurosos e falta de exercícios.


Sintomas: Ave demasiadamente gorda, forma deselegante perante seu padrão.


Tratamento: Dieta alimentar.


ORNITOSE


Causas: Moléstia de origem parasitária que é contagiosa.


Sintomas: Tremores, sono, não se alimenta, líquido viscoso pela narina e pálpebras. Mortes inesperadas sem que apresente qualquer sintoma de doenças. Contagioso a animais domésticos e ao homem.


Tratamento: Somente constatada por exames veterinários.



PARASITOSE


Externa:


Causas: Falta de higiene nas instalações.


Sintomas: Queda da plumagem, emagrecimento, aparência anémica, patas brancas, olhos comprimidos.


Tratamento: Fazer a profilaxia das instalações, desinfectar as gaiolas e acessórios.

Interna:


Causas: Parasitas no estômago e nos intestinos transmitidos por fezes contaminadas.


Sintomas: Emagrecimento, e mortalidade elevada.


PIPOCAS DAS PATAS


Causas: Existência de agentes infecciosos no organismo da ave ou alimentação imprópria.


Sintomas: Aparecimento de pipocas (bolinas brancas) no bico, raramente nas asas e principalmente nas patas, inchaço e formação de furúnculos e de cortes nas patas.


Tratamento: Existem vários medicamentos de vários fabricantes no mercado.


PNEUMONIA


Causas: Queda repentina de temperaturas, ambientes quentes com correntes de ar, banhos excessivos em dias frios.


Sintomas: Embolam colocando a cabeça sob as asas, a cauda acompanha o ritmo respiratório, febre e asas caídas. Falta de vivacidade, penas soltas.


Tratamento: Colocar a ave em gaiola separada com temperatura de 30º a 32º, existem vários medicamentos de vários fabricantes no mercado. Reforçar a alimentação adicionando vitaminas na papa.


RAQUITISMO


Causas: Muito parecido com o do ser humano raramente ocorre nas aves que são expostas ao sol, somente aparece quando a ave não toma banho de sol.


Sintomas: Pernas e asas fracas, aves pequenas, as vezes deformadas.


Tratamento: Colocar as aves para tomar banho de sol diários, fornecer na papa óleo de fígado de bacalhau.


SALMONELOSE


Causas: Vários agentes patogénicos do tipo Salmonelas, típicos colibacilos bastante resistentes às desinfecções e ao próprio tempo.


Paratifose


Sintomas: Fulminante, a ave fica num canto da gaiola, asas caídas, penas soltas e respiração ofegante, morte repentina.


Tratamento: Isolar a ave doente, desinfectar o canário e local com água com soda, administrar sulfas e antibióticos, clorofenicol e vitaminas.


Aguda


Sintomas: Ave não canta, não tem vivacidade, se retirando para um canto da gaiola, sede, diarreia amarela-esverdeada, cloaca suja, respiração ofegante.


Tratamento: Os mesmos citado para paratifose e desinfecção e bactericida.


As aves curadas são portadoras dos germes.


Crônica


Sintomas: Diarreias alternada com constipação intestinal, emagrece rápido, articulações inchadas.


Tratamento: O mesmo referido as outras duas formas. Evitar cruzar as aves curadas por normalmente transmitirem esterilidade a sua prole ou enterite.


Tratamento Geral: Existem vários medicamentos de vários fabricantes no mercado.


SINUSITE INFECCIOSA


Sintomas: Corrimento frequente das narinas e dos olhos que ficam injectados com inchação ao seu redor, podendo apresentar pus. O pássaro não come e permanece com a cabeça em baixo das penas recolhido num canto do poleiro ou no fundo da gaiola. Esfrega, seguidamente, o bico contra o poleiro ou arame, respiração difícil.


Tratamento: Lavar as narinas e olhos com água morna. Existem vários medicamentos de vários fabricantes no mercado.


STREPTOCOCOS


Sintomas: Sono Contínuo. O pássaro se isola em um canto da gaiola. Cloaca suja pela diarreia.


Emagrecimento rápido, Respiração ofegante. A causa e as asas caídas. aumenta o ritmo respiratório, bico aberto. O pássaro pode, de tempos em tempos, emitir ruídos agudos.


Tratamento: Existem vários medicamentos de vários fabricantes no mercado.


STRESS


Causas: Sustos, barulhos repentinos nas instalações, etc.


Sintomas: A ave fica sonolenta, abatida, assustada devido à inabitação, alimentação imprópria ou excesso de antibióticos, tumultos dentro do canaril provoca agitação nos pássaros. Muito especialmente ao retornar de exposições ou viagens longas. Tumultos dentro do canaril provoca agitação nos pássaros causando-lhes stress.


Tratamento: Administrar vitaminas, eliminar os barulhos, as causas de fadiga, alimentação insuficiente, mudanças de temperaturas e excesso de parasitas. Administrar vitamínicos:


SUOR DAS FÊMEAS


Aparece quando os filhotes ainda não saíram do ninho. A fêmea, bem como os filhotes, apresenta o peito todo molhado, às vezes o próprio ninho fica húmido.


O suor das fêmeas ocorre devido às diarreias que atacam os filhotes. Estes podem ser provocadas por doenças como a Salmomelose ou mesmo por problemas alimentares. É bom relembrar, a esse respeito que os pássaros não têm glândulas sudoríparas.


TEIGNE


Sintomas: Manchas redondas ao redor das pálpebras, perto do bico ou ainda nos ouvidos com formação de escamas secas.


Tratamento: Desinfectar bem a gaiola, aplicar com cautela pomada antimicótica.


TOXOPLASMOSE


Doença bastante grave ocorre especialmente nos filhotes e pode ser fatal.


Sintomas: As aves mostram-se tristonhas, fracas e apresentam diarreias, as vezes com sangue, no peito o externo fica bastante saliente e o fígado também costuma ficar inchado.


Tratamento: Os mesmos aplicada a coccidiose.


TIFO


Causas: Transmitida pelas fezes das aves doentes, pela água e picadas de mosquitos.


Sintomas: Asas caídas, penas soltas e diarreia verde. Mortalidade muito elevada e rápida, entre12 e 24 horas.


Tratamento: Isolar as aves. Administrar antibióticos e desinfectar com bactericidas.


VARÍOLA


Causas: Bactéria que se desenvolve na ave num período de 1 a 3 semanas, transmitida por parasitas, insectos, moscas e pelas aves.


Sintomas: Queda de pequenas plumagens ao redor dos olhos, as vezes as pálpebras engrossam, furúnculos, partes mais atingidas bico, faringe e orelha.


Tratamento: Separar a ave, passar desinfectante e bactericida, evitar moscas e insectos fiquem transitando nas aves sadias. As aves atacadas e curadas ficam imunes a doença. Neste caso a antiobicoterapia é geralmente ineficaz; a única acção válida é preventiva por vacinação


segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

NOMES CIENTIFICOS DE ALGUMAS AVES




NOMES CIENTIFICOS DE ALGUMAS AVES



Bico de lacre - Estrilda astrild


Bengalim do Japão - Lonchura striata


Bico de chumbo - Lonchura malabarica


Codorniz - Cortuniz cortunix


Cacatua de crista amarela - Cacatua sulphurea


Cacatua branca - Cacatua alba


Capuchinho cabeça branca - Lonchura maja


Capuchinho cabeça negra - Lonchura atricapilla


Cauda de vinagre - Estrilda caerulesceus


Cruza bicos comum - Loxia curvirostra


Chamariz - Serinus serinus


Canário - Serinus canária


Caturra - Nymphicus


Diamante sparrow - Emblema guttata


Diamante de gould - Poephila gouldiae


Diamante mandarim - Poephila guttata


Diamante bichenov - Poephila bichenivii


Diamante phaéton - Rhodospingus cruentus


Diamante bavette - Poephila cincta


Diamante Kittlitz - Erythura trichora


Degolado - Amandina fasciata


Dom fafe - Pyrrhula pyrruhula


Face laranja - Estrilda melpoda


Face carmesim - Uraeginthus


Loris arco íris - Trichoglossus haematodus


Lugre -- Carduelis notatta


Melro preto - Tardus merula


Milhafre real - Milvus milvus


Pombo doméstico - Columba livia


Pombo turcaz - Colomba palumbus


Periquito arco íris - Tricloglossus Haematodus


Periquito almiscarado - Glossopsitta concinna


Periquito dourado - Psitteuteles gloriei


Periquito de bourke - Neophema bourkii


Periquito - Melopsitacus undalatus


Papagaio ecléctico - Eclectus roratus


Papagaio de fronte azul - Amazona aestiva


Pisco de peito ruivo - Erithacus rubecula


Pardal comum - Passer domesticus


Pardal montês - Passer montanus


Pintassilgo - Carduelis Carduelis


Pintarroxo - Carduelis cannabina


Pardal de java - Padda oryzirova


Quebra ossos - Gypaetus barbatus


Rola diamante - Geopelia cuneata


Rola comum - Streptopelia turtur


Rola malhada - Sreptopelia chinensis


Rola escamada - Scardafella squamata


Rouxinol comum - Luscinia megarhynchus


Rouxinol do Japão - Leiothrix lutea


Tordo comum - Turdus philomelos


Tentilhão comum - Fringilla coelebs


Verdelhão - Carduelis chloris


sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

QUE AVES TENHO


ALGUMAS RAÇAS DE AVES QUE FASSO CRIAÇÃO

Canários de Porte;  
                                       Frisados do Sul
                                       Frisados Parisienses
                                       Giboso Espanhol
                                       Glosters
                                       Fife Fancy

Canários de Cor ;   
                                       Mosaico Amarelo
                                       Bronzes
                                       Vermelhos
                                       Brancos Recessivos
                                       Opalas Amarelos
                                
Pássaros Exoticos;   
                                       Diamantes Gould
                                       Diamantse Papagaio
                                       Diamantes Kitlitz
                                       Diamante Bichenov
                                       Bengalis do Japão 
                                       Degolados
                                  

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

ACASALAMENTO NOS GLOSTERS


ACASALAMENTO NOS GLOSTERS

Para elevar um exemplar gloster intenso ao nível requerido pelo padrão e, naturalmente pelas competições, é necessário utilizar um nevado nascido de um acasalamento nevado x nevado. É necessário adquirir ou manter o arredondamento e a abundância do corpo, do pescoço, da cabeça e da sobrancelha. Não temos que acasalar todo ano intenso x nevado porque o arredondamento da plumagem desaparecerá e surgirão os problemas com plumagem curta, falta de pescoço e cabeça estreita, um canário semelhante mais ao Fife Fancy que propriamente ao Gloster.



Também é preciso estar atento em dois pontos:
   Não unir sempre nevado x nevado e, escolher bem e com atenção o intenso, lembrando-se das melhores características que este deve possuir para a cor e para a qualidade da plumagem.


 
O acasalamento de nevado x nevado feita consecutivamente provoca as seguintes desvantagens:


1 - a plumagem pouco a pouco alarga, e as canelas alongam;


2 - as penas ficam mais macias.


3 - a cor perde consistência e intensidade.


O aspecto geral será de um gloster com a plumagem solta, pobre de cor, com sobrancelhas pesadas, em resumo um aspecto ruim, um monte de penas descompostas e um corpo com pequena massa. Tais glosters não devem possuir lugar em um programa de criação, porque não conseguem produzir nada de bom em relação às metas.

O que é requerido, é um pássaro pequeno e cheio que mostra arredondamento visto de qualquer ângulo. A cabeça tem que ser redonda e que se aviste a testa que se funda em um pescoço cheio e curto com costas também cheias e redondas. As sobrancelhas precisam ser pronunciadas e projectadas para na direcção da cobertura dos olhos. Da garganta tem que partir o peito, cheio e atraentemente arredondado. O rabo tem que ser curto e compactar como as asas.


A coroa tem que ser bem centrada com um centro que parte de um mesmo ponto, redondicidade sem interrupções, acima de tudo na nuca. Vista de lado, assenta como um guarda-chuva aberto, sem cobrir os olhos completamente e que alcance o bico.


O gloster tem que ser um canário bem equilibrado, com pernas curtas mas que lhe permita um movimento vivaz.


A plumagem deve ser absolutamente isenta de aspereza. A cor é natural e luminosa e, particularmente no machos, com profundidade e rica.

 
As fêmeas frequentemente, mas há as excepções, mostram uma plumagem mais esbelta ou fora do que acontece na natureza. O ponto principal é sempre a qualidade das penas.

Um indicador bom para o gloster, é levar em mão o canário e sentí-lo. Devemos usar dois de nossos sentidos para julgar os nossos pássaros: a visão e o toque, mas o julgamento em concurso utiliza somente a visão.

Quando se escolhe um intenso para melhorar a nossa procriação, pode resultar numa tarefa árdua e não ingrata, pois pode-se facilmente escolher o errado. Segue-se uma lista de como, onde e porque um intenso pode incorrer em erro:
 1 - onde se compra e de quem;



2 - usamos um corona ou um consorte;


3 - macho ou fêmea;


4 - cor única ou matizado.


Desenvolvendo:


1-quando se decide comprar um intenso, tem que se ter um único pensamento em mente: melhorar nossa linha de nevados.

Muitos Glosters são muito ricos em plumagem, com coroas largas ou sobrancelhas pesadas pesadas, pescoços grandes, rabos largos, pouca cor se comparado com outros, mas acima de tudo, se levado à mão uma sensação de aspereza da plumagem.
 A regra mais importante no uso do intenso é unir um de nossos melhores não só no tipo, mas também especialmente na plumagem.


Não se iluda a pensar que a introdução de um intenso pode reparar em pouco tempo os danos causados por acasalamentos sucessivos de nevado x nevado. Pode levar algum tempo e é necessário paciência.

Quando se procura o criador correcto para comprar intenso, a primeira coisa a ser feita é observar atentamente a plumagem e a cor do nevado dos canários dele: estes terão que possuir uma cor profunda e luminosa, unidas a uma boa forma. Então pede-se para observar o melhor intenso dele e observemos atentamente: terão que possuir uma cor profundamente intensa, uma plumagem composta e privada de penas desalinhadas, rabo estreito e as asas bem fechadas. As sobrancelhas não deverão parecer pesadas, e a coroa terá que ter um centro bom, o pescoço não terá que ser grande.


Não se deve comprar um intenso só porque ganhou alguma exposição ou concurso, pois muito provavelmente, estes não possuem as características mencionadas acima e seguramente não serão os ideais para melhorar a plumagem dos nossos Glosters.

 
2 - temos que usar um corona ou um consorte?


Não é de importância fundamental! Depende do que se tem disponível e da qualidade do intenso com que nós queremos acasalar. O ponto principal é a plumagem de ambos e, naturalmente, a genética.


3 - o dilema "se macho ou fêmea" não tem representar um papel importante em nossa decisão, mas um macho pode dar muito mais possibilidade de acasalamentos futuros com duas ou três fêmeas e então, serão adquiridos por estes acasalamentos as fêmeas necessárias para continuar o programa de melhoria.

É preferível usar as fêmeas consorte intensas de cor única e acasalá-las com um macho corona.


4 - é preferível os verdes sólidos ou o verde levemente manchado em lugar do variegado por uma razão simples: o verde é o básico e podem ser usados em acasalamentos com cores claras ou variegados.

Estas são somente as regras gerais para se conseguir seleccionar um excelente intenso.

 
Dá-se preferência às fêmeas intensas para acasalar com macho nevado bom corona nascido de um intenso macho.
 Quando se está a ponto de seleccionar nossos reprodutores, deve-se controlar os intensos e testar sua plumagem. É também boa norma arrancar algumas penas, geralmente do peito, e as observar debaixo de uma lente de aumento. As penas dos intensos machos terão que ser coloridas até ao ápice, como também precisam ter longos cabos.


As fêmeas intensas, em alguns casos, mostram um leve “pó” em volta do bordo das penas, mas é normal. Naturalmente, deve-se escolher a que tiver o menos possível.

Tenta-se evitar o intenso com um “pó” forte, estes podem ser usados com o nevado, mas com a vantagem da mais intensa cor.

 
Só usando o toque e examinando a plumagem com cuidado seremos capazes formar uma ideia precisa.

   O balanceamento entre a plumagem macia e larga do nevado e a longa e dura do intenso tem que ser o nosso objectivo. Só assim pode-se produzir um gloster de tipo excelente, boa cor e plumagem. É uma batalha contínua de luta em nossas procriações, mas só agindo de tal modo se manterá o vigor da raça.



A frequência de uso do intenso dependerá completamente do tipo e da qualidade dos canários que nós estamos produzindo.

O nevado produzido pelo acasalamento com intenso, produzirá alguns intensos de excelente qualidade que podem ser acasalados com nevados com a mesma função do intenso.


Lembre-se de que para produzir um gloster de qualidade, não se deve acasalar intenso com nevedo todos os anos.



Muito tempo é necessário para se criar uma linha de plumagens boas, mas estas podem ser destruídas em pouco tempo com acasalamentos imprudentes de quem não estudou fenotipicamente e geneticamente do ponto de vista da plumagem.

Dois pontos muito importantes a lembrar:


- usar as fêmeas intensas com equilíbrio entre tipo e qualidade da plumagem;
- o nevado nascido de nevado é tão importante como o intenso para que se possa manter inalterado o tipo.


É este o "pulo do gato" para todos os criadores de Glosters.


Fonte: Wonderfull Glosters[/logged]

CRUZAMENTOS DE CORES NOS

GLOSTERS




Pode-se cruzar nos GLOSTERS






Mesclado x mesclado,




Mesclado x melânico,




Mesclado x lipocrômico,




Lipocrômico x melânico,




Lipocrômico x lipocrômico




Melânico x Fundo branco




Não se deve cruzar nos GLOSTERS







Fundo branco x intenso,




Intenso x intenso




Fundo branco x fundo branco




Melânico x melânico.



domingo, 13 de dezembro de 2009

Estudo sobre IVOMEC



AQUI FICA UM ESTUDO SOBRE IVOMEC



Rodrigo Silva Miguel

É médico veterinário e Criador de aves ornamentais - CCCC - 293

l- Introdução


0 uso do Ivomec na criação de aves ornamentais começou como o de vários outros medicamentos, como antibióticos, antiinflamatórios, etc.: com adaptações de fármacos produzidos para mamíferos como cães, bovinos e até mesmo humanos, ou da avicultura de produção, onde considerando-se os pesos das aves, as doses são altíssimas.


A rigor esta atitude não é condenável pelo fato de que naquela época e até mesmo hoje haver uma carência de medicamentos específicos para passeriformes. Essa prática pode e até deve continuar por facilitar o tratamento de nossas aves, porém, se algumas observações básicas não forem feitas, isso pode levar ao fracasso, o melhor plantel do mundo.


A ivermectina (Ivomec está no mercado desde 1981 e até hoje é um dos antiparasitários de maior sucesso no tratamento de endoparasitas (nematóides), ectoparasitas (ácaros e piolhos sugadores). Isto se deve por sua ação particular no sistema nervoso (GABA) dos parasitas, o que dificulta o aparecimento de resistências. Por essa capacidade de ação no sistema nervoso, começou-se a estudar uma possível ação, do fármaco no sistema nervoso dos hospedeiros (aves, bovinos, cães, etc.). detectando-se alguns efeitos colaterais em algumas raças de cães e também em animais que receberam superdosagem. Esses efeitos colaterais variam de incordenação motora e tremores transitórios, perda de fertilidade por algum tempo em mamíferos até mortes em alguns casos.


Devido à carência de estudos a respeito do uso e efeitos colaterais de ivermectina em aves, decidimos desenvolver um trabalho específico, em conjunto com o departamento de Farmacologia, Toxicologia e Patologia da USP, patrocinado pelo CNPq. Este trabalho ainda está em andamento sob os estudos da Dra. Camila G. Pontes (formanda da USP), e a cada nova fase, mais subsídios são somados aos resultados demonstrados a seguir:

II - Objetivos


A intenção de se tratar a ação e os possíveis efeitos colaterais da ivermectina em aves teve como principais objetivos confirmar a eficácia da dose recomendada no tratamento de endo e ectoparasitas, determinar os efeitos na reprodução (número de ovos, ovos brancos, morte embrionária e viabilidade de filhotes), além de fixar o que seria uma superdosagem prejudicial às aves.


Foram usados 36 casais de manons (Munia demonstica) em gaiolas separadas onde observou-se por 2 ninhadas os parâmetros reprodutivos acima indicados. Os dados foram anotados e logo após essas duas ninhadas. os casais foram divididos em quatro grupos para a administração da droga.

Grupo 1 - Controle injetado apenas propilenoglicol* (diluente)


Grupo 2 - Machos tratados com Ivomec


Grupo 3 - Fêmeas tratadas com Ivomec


Grupo 4 - Casal tratado com Ivomec


A aplicação foi feita na dose de 0,01 ml por kg de peso vivo (dose recomendada na literatura) por via intramuscular peitoral. Para conseguir um volume significativo para a aplicação houve necessidade de diluição do Ivomec em propilenoglicol. Observou-se a reprodução e na análise das ninhadas houve um aumento na produtividade (número de ovos e de filhotes) explicado pela desparasitação das aves.


A partir desta constatação começamos a aumentar as doses na ordem de 10 vezes para cada ninhada onde começaram a aparecer alterações reprodutivas como queda do número de ovos e/ou queda de fertilidade (ovos brancos).


Hoje o experimento continua e já está em uma dose bastante elevada sem apresentar sinais clínicos de efeitos nas aves, a não ser diminuição da reprodução.


III - Conclusões


1 - Confirmou-se a eficácia do Ivomec no tratamento de endo e ectoparasitas das aves ornamentais.


2 - Confirmou-se a dose recomendada e a ausência de efeitos colaterais tanto nas aves quanto na sua reprodução nessas condições.


3 - Confirmou-se o efeito prejudicial se usado em dose errada ou de forma continua.


4 - Em dosagens muito elevadas pode provocar convulsões, tremores, cegueira e até morte.


5 - É o medicamento de maior eficácia para o tratamento de ácaro de traquéia e com os resultados rápidos


6 - Pela dificuldade de diluição a campo, foram feitas algumas adaptações como colocar uma gota de seringa de insulina na musculatura do peito, ou usar a formulação Pour-on (azul) pingando no bico ou na nuca da ave.


7 - Seguindo essas formas de administração, não se consegue atingir doses prejudiciais podendo ser usado com segurança tanto para a ave quanto para a sua reprodução.


8 - O único cuidado deve ser com a época e a freqüência de administração do Ivomec, que deve ser determinada pelo veterinário responsável pelo plantel de acordo com a espécie, época de reprodução e grau de parasitismo.




IV - Considerações Finais


Esses dados foram extraídos de trabalho científico realizado por nós dentro da faculdade de Medicina Veterinária da USP e confirmados na prática em nossa criação situada no município de Batatais, São Paulo, onde tratamos diferenciadamente 3000 matrizes de 28 espécies de aves.

OUTRO ESTUDO E DOSE A APLICAR

O presente artigo se propõe a apenas apresentar os resultados de quatro anos de uso de ivermectina na criação de canários, sem pretensões de se apresentar como trabalho científico, em vista das inúmeras dificuldades decorrentes de uma aproximação científica do problema. Em nenhum momento foi possível evidenciar a presença do ácaro, sendo o diagnóstico feito através dos sintomas e pelo fato de a afecção não reagir a tratamentos convencionais.



Em um plantel composto por 26 casais e uma produção média de 5 a 6 filhotes por casal ao ano, frequentemente ocorria a perda de uns poucos indivíduos anualmente, em função da infestação por Sternostoma tracheacolum, o ácaro da traquéia.


Além da morte de reprodutores, uma perda maior decorrente do problema, a nosso ver, era a representada pela baixa eficiência reprodutiva dos indivíduos infestados.


Vários métodos de tratamento foram sugeridos por outros criadores, porém nenhum se mostrou realmente eficaz, principalmente no que diz respeito a uma possível erradicação do agente.


Em meados de 1985, muitos criadores já experimentavam o IVOMEC ®(Merck, Sharp & Dohme), injetável para bovinos, administrado por pincelamento em região da qual se removiam previamente as penas. O método nos parecia muito empírico e de resultados duvidosos, visto não se ter controle sobre a quantidade de princípio activo aplicada, incorrendo inclusive em grave risco para a saúde do pássaro.


Em Dezembro de 1985, o professor Murray Fowler, ministrando o curso de Medicina Veterinária de Animais Silvestres e de Zoológico, na Universidade Federal do Paraná, mencionou a possibilidade de se empregar em aves, o IVOMEC para ovinos, preparado para ser administrado por via oral. Sugeriu a dose de 4 ml dessa solução por litro de água de bebida, durante três dias seguidos. A medicação deveria ser repetida mais duas vezes, com intervalos de 14 dias, a fim de erradicar o ácaro do plantel e das instalações. Este intervalo se justifica pelo fato de que formas de desenvolvimento ocorrem nos pássaros, ficando muitas nas instalações. As repetições da medicação visam então a atingir aqueles indivíduos que, nas primeiras aplicações, não estivessem instalados nos pássaros.


Este foi então o procedimento adoptado em nosso plantel. A princípio a droga foi aplicada a apenas um gaiolão, contendo 12 canários, para verificação de eventual toxidade. Observou-se leve diarreia, mostrando-se os pássaros ligeiramente deprimidos, com olhos semi-fechados. Esta se deve provavelmente ao veículo empregado na suspensão, o propilenoglicol. Este é necessário pelo fato de a ivermectina não ser solúvel em água.


Esta depressão desaparece porém logo que se suspende a medicação, não ficando qualquer sequela.


Com base nestes fatos, passamos a empregar o produto na forma recomendada acima, em todo o plantel. Escolhemos o período que precedia a época de reprodução, considerando que já não ocorreriam mais entradas de animais novos no plantel.


Observamos bons resultados, com a aparente erradicação do agente, visto que não foram mais observados quaisquer sintomas respiratórios, inclusive obtendo-se a cura completa de algumas aves bastante afectadas.


Desde então temos empregado este procedimento anualmente, após a estabilização do plantel e antes do período de reprodução.


Como era de se esperar, a droga actuou também sobre o piolho conhecido como «vermelhinho». No início, a erradicação foi completa. Actualmente, ocorre apenas uma redução na incidência, possivelmente pelo surgimento de resistência ao princípio activo. Mesmo assim, é um bom auxiliar no controle deste parasita, fora da época de postura. Utilizamos o produto durante essa estação, na tentativa de controlar um surto desse parasita. Observamos que aqueles ácaros instalados nos ninhos, que representam o maior problema nesta época, não foram atingidos. Isto se deve provavelmente ao fato de estes piolhos se alimentarem basicamente do sangue dos filhotes, os quais não devem receber quantidade suficiente do princípio activo.


A droga também não se aplica ao controle dos Malaphaga, os piolhos das penas, pois o princípio activo não chega até eles.


Em face de nossa experiência, este parece ser um dos únicos produtos realmente eficazes no controle do ácaro de traquéia, cujo uso se justifica mesmo em face de seu alto custo.

José Luciano Andriguetto - Curitiba-PR


Reggio Emilia - Pintassilgos