CASA DE PÁSSARO É ASSIM

domingo, 24 de janeiro de 2010

VIDEOS MUNDIAL MATOSINHOS

AGRADECER ANTES DE MAIS A TODOS QUE COLABORARAM PARA ESTE INVENTO PARA BEM DA ORNITOLOGIA PORTUGUESA

VIDIO DO NASCIMENTO DE CANÁRIO


sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

CANÁRIO ARLEQUIM PORTUGUÊS



CANÁRIO ARLEQUIM PORTUGUÊS - RAÇA HOMOLOGADA



Caros associados do CCAP.. e para aqueles que sempre acreditaram, e os que não, pois também eles ajudaram:
Hoje, 18 de Janeiro de 2010, é um dia histórico para a Ornitologia Nacional. Finalmente Portugal, pioneiro na introdução do Canário na Europa tem uma raça de canários "O ARLEQUIM PORTUGUÊS", reconhecida a nível Mundial.


Aceder ao website do Clube CCAP - http://ccap.avespt.com


quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

MUNDIAL MATOSINHOS classificações e premiados


Aqui está o link dos expositores premiados

http://www.mundial2010.fonp.pt/Portugues/Lista%20de%20premiados.pdf


RESUMO DE MEDALHAS PORTUGUESAS

Canários: (todas as classes)

Ouro: 39 medalhas
Prata: 41 medalhas
Bronze: 38 medalhas

Exóticos e restantes aves:
Ouro: 40 medalhas
Prata: 39 medalhas
Bronze: 39 medalhas



Total: 236 medalhas para Portugal.

PARABÉNS A TODOS OS PREMIADOS

SEMENTES E SUAS CARACTERISTICAS

SEMENTES PARA AVES


ALPISTA


Alpista ( Phalaris canariensis )


Grão rico em carboidratos. Ao contrário do que seu nome em inglês "canaryseed"sugere, este grão não é usado somente para canários, sendo, entretanto o principal componente da maioria das misturas de grãos para pássaros. Seu uso principal é nas misturas de grãos para canários, pássaros exóticos, pássaros silvestres, periquitos e periquitos grandes.


ARROZ CATETO


Arroz Cateto ( Oryza sativa )


Grão rico em carboidratos e de elevada digestibilidade. Seu uso principal é nas misturas para curiós, bicudos, azulões, calafate, grandes periquitos, papagaios e pombos.


AVEIA DESCASCADA


Aveia sem casca ( Avena sativa )


Grão rico em carboidratos, de óptima palpabilidade e digestibilidade, portanto ingerido com muito gosto e facilidade por pássaros no ninho. Em quantidades demasiadas pode levar ao acumular de gordura, principalmente em canários. Seu uso principal é nas misturas de grãos para canários, pássaros exóticos, pássaros silvestres, periquitos, periquitos grandes e papagaios.


CÂNHAMO


Cânhamo ( Cannabis sativa )


Grão inactivo da planta Cannabis sativa. É rico em extracto etéreo (óleos) e proteína Contém THC, que estimula o interesse sexual nos pássaros. Deve-se cuidar para que não haja exageros na quantidade de cânhamo oferecida aos pássaros, para evitar-se constipação e excessiva excitação dos animais. Seu uso principal é nas misturas de grãos para canários, pássaros exóticos, pássaros silvestres, periquitos, periquitos grandes e papagaios. Um dos melhores grãos para qualquer pássaro, porém seu uso(principalmente no verão) nunca pode ser excessivo.


CÁRTAMO


Cártamo ( Carthamus tinctorius )


Planta da família das asteráceas. Grão rico em extracto etéreo (óleos). Seu uso nas misturas para periquitos, grandes periquitos, papagaios e pombos enriquece a alimentação destes animais, contribuindo para uma plumagem de melhor qualidade.


COLZA PRETA


Colza ( Brassica rapa )


Grão rico em proteína e extracto etéreo (óleos), de sabor um pouco amargo. É o mai importante grão numa mistura para canários, pois seu elevado teor de extracto etéreo (óleos) promove uma excelente saúde e um canto melodioso. Pode levar à adiposidade, se usado em demasia. Seu uso principal é nas misturas de grãos para canários, pássaros exóticos e pássaros silvestres. Esta foto da Colza se refere à Colza fresca, geralmente as que são vendidas em aviculturas comuns são pretas não azuladas como as da foto, mas que também servem para a alimentação de Pássaros canoros, mas não possuem as mesmas propriedades nutritivas.


DARI BRANCO (SORGO)


Dari Branco ( Sorghum sp. )


Grão da família do painço. Contém elevado teor de proteína, com aminoácidos de boa qualidade. Seu principal uso é nas misturas para trinca-ferro (picharro) grandes periquitos, papagaios e pombos.


DARI VERMELHO (SORGO)


Dari Vermelho ( Sorghum sp. )


Grão da família do painço. Contém elevado teor de proteína, com aminoácidos de boa qualidade. Seu principal uso é nas misturas para trinca-ferro (picharro) grandes periquitos, papagaios e pombos.


GIRASSOL BRANCO


Girassol Branc o ( Helianthus annuus )


Este grão é rico em proteína, extracto etéreo, minerais e vitamina E. Seu principal uso é em misturas para grandes periquitos e papagaios.


GIRASSOL GRAÚDO


Girassol Graúdo ( Helianthus annuus )


Este grão é rico em proteína, extracto etéreo, minerais e vitamina E. Seu principal uso é em misturas para grandes periquitos e papagaios.


GIRASSOL RAJADO


Girassol Rajado ( Helianthus annuus )


Este grão é rico em proteína, extracto etéreo, minerais e vitamina E. Seu principal uso é em misturas para grandes periquitos e papagaios.


LINHAÇA


Linhaça ( Linum usitatissimum )


Grão da planta do linho. É rico em proteínas e extracto etéreo (óleos), principalmente do grupo Ómega 3, essencial para uma excelente plumagem. Possui propriedades terapêuticas, melhorando o trânsito do bolo alimentar no tubo digestivo e contribuindo para uma melhor digestão. Seu uso principal é nas misturas de grãos para canários, pássaros exóticos, pássaros silvestres, periquitos e periquitos grandes.


NÍGER


Níger ( Guizotia abyssinica )


Grão rico em extracto etéreo (óleos) e proteínas. Devido a sua excelente palpabilidade, este grão é muito apreciado por diferentes tipos de pássaros. Seu uso principal é nas misturas de grãos para canários, pássaros exóticos, pássaros silvestres, periquitos e periquitos grandes .


PAINÇO AMARELO


Painço Amarelo ( Panicum milleaceum )


Grão também conhecido por milho alvo amarelo. São grãos ricos em carboidratos e possuem fácil digestibilidade. Seu uso principal é nas misturas para pássaros silvestres, pássaros exóticos, periquitos, grandes periquitos e pombos.


PAINÇO BRANCO


Painço Branco ( Panicum milleaceum )


Grão também conhecido por milho alvo branco. São grãos ricos em carboidratos e possuem fácil digestibilidade. Seu uso principal é nas misturas para pássaros silvestres, pássaros exóticos, periquitos e grandes periquitos.


PAINÇO PRETO


Painço Preto ( Panicum milleaceum )


Grão também conhecido por milho alvo preto. São grãos ricos em carboidratos e possuem fácil digestibilidade. Seu uso principal é nas misturas para pássaros silvestres, pássaros exóticos, periquitos e grandes periquitos .


PAINÇO VERDE


Painço Verde ( Panicum milleaceum )


Grão também conhecido por milho alvo verde. São grãos ricos em carboidratos e possuem fácil digestibilidade. Seu uso principal é nas misturas para pássaros silvestres, pássaros exóticos, periquitos e grandes periquitos.


PAINÇO VERMELHO


Painço Vermelho ( Panicum milleaceum )


Grão também conhecido por milho alvo vermelho. São grãos ricos em carboidratos e possuem fácil digestibilidade. Seu uso principal é nas misturas para pássaros silvestres, pássaros exóticos, periquitos e grandes periquitos.


PERIHA BRANCA (comum)


Perilha ( Perilla frutescens )


É conhecida também como "a semente da saúde". Grão rico em extracto etéreo (óleos), principalmente do grupo dos Ómega 6 e Ómega 3. Importante na promoção de um canto melodioso e uma plumagem exuberante. Seu uso principal é nas misturas para curiós e outros pássaros silvestres, canários e pássaros exóticos. É o melhor grão e o mais importante para os pássaros, seu uso não pode ser excessivo.


PERILHA CAFÉ


Perilha ( Perilla frutescens )


É conhecida também como "a semente da saúde". Grão rico em extracto etéreo (óleos), principalmente do grupo dos Ómega 6 e Ómega 3. Importante na promoção de um canto  melodioso e uma plumagem exuberante. Seu uso principal é nas misturas para curiós e outros pássaros silvestres, canários e pássaros exóticos. É o melhor grão e o mais importante para os pássaros, seu uso não pode ser excessivo.


LEMBRE-SE DE QUE GRÃOS GORDUROSOS (como a Colza, Linhaça, Níger, Perilha, Cânhamo, Nabão...) NÃO DEVEM SER ADMINISTRADOS EM QUANTIDADE EXCESSIVA (principalmente no Verão).

Características Gerais das sementes:

1. Alpista - Rico em proteína e aminoácidos;


2. Milheto - Nutritiva fonte de carboidratos;


3. Linhaça - Deliciosa fonte de energia;


4. Colza - Muito digestiva e rica em energia;


5. Painço -Rico em ácidos graxos;


6. Aveia - Saborosa fonte de proteína e vitaminas;


7. Girassol - Deliciosa fonte de energia;


8. Arroz - Energia de fácil digestão;


9. Milho - Saboroso e nutritivo;


10. Amendoim - Deliciosa fonte de energia;


11. Cevada - Muito digestiva e saborosa;


12. Ervilha - Rica em proteínas;


Linhaça


Sementes de linho. De cor escura ou clara. Contém um teor elevado de ácido gordo omega-3, essencial para a formação da plumagem. Melhora a sua digestão por via das suas características múltiplas.


Uso: Canários e Pintassilgos.


Origem: Bélgica / Hungria / Canadá


Alpista


Componente principal da maioria das misturas. Pertence a família das Gramináceas. O tamanho e aspecto dependem muito do país de origem. Nestes países é considerada uma erva daninha. Pari. Muito usada na face de amadurecimento por criadores de curiós e bicudos, inclusive no cardápio dos
filhotes.


Uso: Pássaros granívoros em geral.


Origem: EUA / Canadá / Argentina / Austrália / Hungria / Marrocos


Aveia Descascada


Ingerida com gosto e com facilidade pelos pássaros do ninho. Quantidades
demasiadas elevadas podem levar à adiposidade.


Uso: Canários, pássaros selvagens, exóticos, periquitos, grandes periquitos,
papagaio e pássaros granívoros de médio e grande porte.


Origem: Bélgica / Inglaterra / França


Cânhamo


Sementes da planta cannabis. Contém proteínas de alta qualidade. As crias
adoram que os pais os alimentem com cânhamo. Estimula o ardor sexual nos
pássaros (podem tornar-se demasiado excitados).


Uso: Canários, pássaros selvagens, exóticos, periquitos, grandes periquitos,
papagaios, e pássaros granívoros de pequeno, médio e grande porte.


Origem: Bélgica / Inglaterra / França


Niger


A maioria dos pássaros adoram esta semente, mas que não pode faltar numa
mistura de qualidade. É uma das poucas sementes que tem um óptimo equilíbrio cálcio/fósforo.


Uso: Pássaros granívoros em geral.


Origem: Nepal / Índia / Birma / Etiópia / Hungria


Nabo


Tem um sabor doce. A sua cor forte depende bastante da zona de produção. Rico em proteínas e gordura e, por isso, usar com moderação.


Uso: Pássaros granívoros em geral.


Origem: USA / Canadá / Hungria / Escandinávia / Polônia


Colza


Maior e mais escuro que o nabo. Tem um sabor mais amargo. O valor nutritivo é idêntico ao nabo.


Uso: Pássaros granívoros em geral.


Origem: Países Baixos / França / Hungria / Polônia


Sementes de Papoula


São muito ricas em gordura. Tem propriedades calmantes. Muito apropriadas
para acalmar pássaros de exposição. Podem no entanto, travar o canto.


Uso: Pássaros granívoros em geral.


Origem: Hungria


Dari


Pertence à família do milho Alvo. Fornece aminoácido de boa qualidade.


Uso: Pássaros granívoros de médio e grande porte.


Origem: China / Sudão / Quênia / Índia / França / Austrália / USA


Sorgo


Uma subclasse vermelha do Dari.


Uso: Pássaros granívoros de pequeno, médio e grande porte.


Origem: França


Milho Alvo Amarelo


O milho alvo mais corrente. É composto com a maior parte das sementes desta
família, por hidratos de carbono.


Uso: Pássaros granívoros de grande porte.


Origem: Argentina / EUA / Austrália / Hungria / Rússia


Milho Alvo Branco


Estas sementes de boa qualidade são menos duras e por isso - não obstante o seu tamanho maior.


Uso: Pássaros granívoros de grande porte.


Origem: EUA / ( Dakota, Colorado ) / Austrália / China


Milho Alvo Vermelho


Sementes geralmente mais duras do que as outras deste grupo. A sua cor torna as misturas mais atraentes.


Uso: Pássaros granívoros de grande porte.


Origem: Países Baixos / França / Hungria / Polônia


Milho Alvo Japonês


O milho alvo mais rico em proteínas. Aumenta a qualidade de qualquer mistura.


Uso: Pássaros granívoros de grande porte


Origem: China / Austrália / África do Sul


Painço Amarelo


Um tipo de milho alvo de grão pequeno e por isso ideal para misturas de cria.
Existem muitas sub-famílias desta semente.


Uso: Pássaros granívoros de grande porte.


Origem: Austrália / Argentina / China / África do Sul


Painço Vermelho


Espécie de milho alvo muito fino.


Uso: Pássaros granívoros de grande porte.


Origem: África do Sul / Austrália / China


Girassol Raiado


Existem muitas subclasses do girassol raiado, desde muito pequena até grande e cheia. O girassol completamente preto e principalmente criado para a produção industrial de óleo. Por tratar-se duma semente que gera acúmulo de aflotoxinas deve ser oferecida pouca quantidade e cuidado no armazenamento.


Uso: Grandes periquitos e papagaios.


Origem: EUA / Canadá / Argentina / Austrália / Hungria / China / Bulgária /


Romênia / França / África do Sul


Girassol Branco


É geralmente de tamanho maior do que o girassol raiado. Tenha os mesmos cuidados do Girassol Raiado.


Uso: Papagaios e Bicudos


Cartamo


Apesar da sua semelhança em forma e composição com o girassol, pertence a uma família de plantas completamente diferente, notadamente a dos cardos.


Uso: Grandes periquitos e papagaios.


Origem: China / Índia / Austrália / Hungria


Trigo Sarraceno


Planta rica em amido ( hidratos de carbono) mas pobre em gorduras, essencialmente colhida em terrenos arenosos.


Uso: Grandes periquitos, papagaios e bicudos.


Origem: Argentina / China / França / Brasil / Rússia / Hungria


Kat Jang IDJOE


Pertence à família da soja. Pelo seu poder germinativo é muitas vezes utilizados em misturas de germinar, igualmente para espécies de pássaros mais pequenos. Os rebentos são, como os da soja, muito ricos em proteínas.


Uso: Grandes periquitos, papagaios, sementes a germinar.


Origem: Tailândia / China / Austrália


Arroz Paddy


Arroz com casca. Elevada digestibilidade. Rico em carboidratos apreciadíssimos por curiós, bicudos, azulões, pássaros preto, e outros na natureza.


Uso: Orizoboros em geral.


Origem: França / Itália / Ásia


fonte: internet

Saúde

Saúde



Introdução;


Os canários, como qualquer ser vivo, estão expostos a doenças; no entanto, se forem bem tratados não são especialmente sensíveis a elas. Geralmente as doenças levam mais tempo a evoluir do que a curar. Os canários mais velhos e os muito jovens são os que estão mais expostos a doenças na altura da mudança das penas. Mais do que em qualquer outro período; deverão evitar-se as correntes de ar e mudanças bruscas de temperatura. Devem manter-se de preferência a uma temperatura mais baixa e uniforme. Alguns pássaros podem vir a falecer por ataque cardíaco, por obesidade, por stress e por grande quantidade de aves num mesmo viveiro. O pássaro perde a sua vivacidade, fica muito quieto, como que inchado, com as penas abertas e os olhos sem brilho. Também uma gordura ou magreza excessivas, o abdómen muito encolhido ou distendido, as penas do pescoço sujas ou as narinas a supurar são sintomas certos de doença. Um pássaro doente assenta sempre nas duas pernas quando dorme, enquanto um pássaro saudável apenas dorme sobre uma. Se um pássaro estiver a dormir sobre as duas pernas, pode considerar-se como um primeiro aviso pois trata-se de um sintoma que aparece sempre antes de os outros se manifestarem. Na prática, é muito difícil dizer com segurança qual a doença de que o pássaro sofre.
Os pássaros doentes devem ser isolados imediatamente. As gaiolas devem ser lavadas e desinfectadas (de preferência com álcool). Os sintomas de cerca de 30 doenças diferentes são mais ou menos os mesmos, tornando-se assim difícil a sua definição. O tratamento terá portanto de ser geral. Um pássaro doente deverá ter tratamento imediato, mesmo que apenas se notem sintomas insignificantes. O ataque rápido à doença pode muitas vezes salvar a sua vida, que em muitos casos 24 horas depois estaria perdida. Um remédio universal
contra as doenças dos pássaros é o CALOR. O pássaro doente deve ser imediatamente colocado numa gaiola de madeira, pequena, com uma placa de vidro na parte da frente. A gaiola pode ser aquecida, por exemplo, utilizando uma lâmpada ou uma resistência eléctrica. Uma temperatura de 30/35 graus C será a indicada nos primeiros 3 dias, baixando-se depois gradualmente. O calor e um preparado antibiótico - Aureomicina ou Terramicina - são em muitos casos a cura mais fácil. Põe-se na água de beber cerca de 1 cápsula de 50 mg de um destes antibióticos para 1/2 litro de água. Repete-se este tratamento durante três dias seguidos, voltando a repetir-se passados dois dias, se não houver melhoras. Os antibióticos também podem ser utilizados para combater doenças contagiosas. Os pássaros não deverão ter outra água para beber enquanto estiverem sob tratamento. Os pássaros que estão sujeitos a tratamento antibiótico deverão, nesse período, ter um suplemento de vitaminas (encontrado em casas especializadas), dado que os antibióticos destroem a flora bacteriológica dos intestinos.


COMO RECONHECER SINAIS DE DOENÇA NAS SUAS AVES

Nem sempre é fácil reconhecer quando as nossas aves estão doentes, se bem que, como já demos a entender, uma ave bem alimentada e cujos preceitos de higiene sejam cumpridos, tenha à partida muito menor probabilidade de adoecer. Acontece, porém, como a qualquer ser vivo, por uma razão, aparecer doente. Assim, é de primordial importância reconhecer precocemente os sintomas ou sinais mais frequentes de certas afecções para que possamos actuar rapidamente, administrando o produto mais indicado para cada caso.


Os seguintes sintomas poderão dar indicação de uma doença mais ou menos séria, pelo que em casos mais difíceis, aconselha-se a procura de um veterinário.


1. Modificação no aspecto das fezes.


  Uma ave doente poderá apresentar:


   -Diminuição na quantidade das fezes;


   -Modificação na cor dos uratos da urina;


   -Aumento da porção de urina (poliúria);


   -Diminuição do volume das fezes com aumento dos uratos.


2. Diminuição ou excessivo consumo de alimentos ou água


3. Modificação de atitudes, comportamento ou hábitos


   Actividade diminuída, perda de canto, sonolência, falta de
   resposta aos   estímulos.


4. Modificação da aparência e postura


   Penas erissadas, fraqueza, perda do equilíbrio, posição anormal no poleiro, 
   no  fundo da gaiola, asas caídas, convulsões.


5. Modificação da respiração


   Respiração difícil e aparente (a cauda move-se para baixo e para cima); 
   respiração ofegante após esforço; alteração na voz; ruídos respiratórios tais
   como: espirros, estalidos ou silvos, “tosse”.


6. Alteração no peso ou condição física geral, a ave aparenta leveza; uma
   quilha proeminente, devido a perda de tecido muscular do peito (grave).


7. Inchaços no corpo


8. Feridas ou hemorragia


9. Vómitos ou regurgitação


10. Corrimento nasal (olhos e bico)


Estes são os sinais mais preocupantes, pelo que deverá tomar as medidas adequadas.

   -Não dê antibióticos sem saber exactamente as causas;


   -Enquanto não consultar um técnico, poderá no máximo dar água morna       
       com café e açúcar;


   -Não aguarde para o dia seguinte;


   -Consulte o seu veterinário.


11. Outros sintomas menos graves, mas que por serem anormais devem merecer atenção e a procura das suas razões, são:


   -Muda anormal e prolongada das penas;


   -Perda de penas ou inchaço à volta dos olhos;


   -Falta de força nas patas;


   -Patas inchadas;


   -Crescimento anormal do bico ou unhas;


   -Crostas nas narinas.


Nota importante:


Ao adquirir uma ave, nunca a junte de imediato às que eventualmente já possua. Deve fazer-lhe uma quarentena


(15 dias), administrando-lhe um anti-stress e efectuando-lhe uma desparasitação dos vermes.


COMO RECONHECER UMA AVE SAUDÁVEL

   -Um pássaro saudável não fica com restos de comida ou sujeira no bico, pés
    e principalmente nas penas;


   -Durante o dia não fica embolado, nem com a cabeça debaixo da asa;


   -Fora da época da muda, a plumagem está sempre perfeita;


   -Uma ave com boa saúde dificilmente fica parada no mesmo poleiro;


   -Quando não estão doentes, os pássaros gostam de tomar banhos, não se
    importando com a temperatura ambiente;


   -Pegando uma ave saudável na mão, você não perceberá a ossatura no peito,
    e a pele do abdómen terá cor normal, sem pontos pretos ou arroxeados.


   -A respiração é normal e o pássaro sadio não fica ofegante depois de voar;


   -As asas são simétricas e descansam naturalmente sobre o corpo;


   -Os olhos permanecem sempre abertos e as penas não são arrepiadas;


   -É possível perceber a vivacidade de um pássaro sadio; os doentes ficam
    geralmente amuados e quietos.

       Texto extraído do Site Canários BN

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

MUTAÇÃO OPALA NOS CANÁRIOS DE COR

MUTAÇÃO OPALA NOS CANÁRIOS DE COR


Os criadores que pretenderem criar e seleccionar esta mutação, devem ter uma ideia muito clara do standard, especialmente em relação à acção de redução e apresentação da melanina sobre a plumagem, assim como da tabela de cruzamentos. OPALA Este carácter aparece por mutação genética, modificando a estrutura da pena e transforma os grânulos de eumelanina negra em cinza azulado, eliminando por completo a eumelanina castanha e a fhaeomelanina. Estes últimos poderão apresentar-se unicamente em alguns exemplares das séries negras e Ágatas.


O factor opala é um factor de refracção por excelência, pelo que na realidade deverá falar-sede ambos os factores (Opala e Refracção) modificarem a estrutura da pena.


Negro Opala: Existem no Branco, Amarelo, Vermelho e possibilidade do Marfim.


As características típicas são o de apresentarem um factor de redução melanica que só deverá influenciar o manto (penas principais e plumagem), deixando inalterada a característica fundamental dos negros, ou seja a completa oxidação das patas e do bico e manifestação máxima da melanina negra com tonalidade cinza azulada, desaparecendo quase por completo a estrutura fhaeomelanica, aparecendo o lipocromo de fundo extremamente luminoso, sub-plumagem cinza pérola.

Castanho Opala: Existem nas cores Branco, Amarelo, Vermelho e possibilidade do


Marfim.


As características típicas destas aves são o de o factor opala provocar o quase desaparecimento total da estrutura melanina, tanto a fhaeomelanica como a eumelanica, devendo deixar evidentes ligeiras estrias castanhas sobre um fundo oculto. O bico, patas e unhas são de cor de pele.


Ágata Opala: Existem nas cores Branco, Amarelo, Vermelho e possibilidade do Marfim.


A sobreposição do factor opala na diluição do ágata, dá origem a um canário similar ao negro opala, mas mais diluído. As melaninas no dorso, cabeça e flancos permanecem intactos, isto é da mesma forma e tamanho do ágata clássico, mas com uma tonalidade de cinza pérola azulado. O lipocromo de fundo, por ausência da fhaeomelanina, deve ser muito luminoso. O bico, patas e unhas, são cor de pela, com a sub-plumagem cor de cinza pérola azulado.


Isabel Opala: Existem nas cores Branco, Amarelo, Vermelho e possibilidade do factor


Marfim.


Nestas aves o factor Opala provoca o desaparecimento quase total das estruturas melanicas (fhaeomelanina e eumelanina castanha), fazendo parecer uma ave lipocromica, só algumas pessoas mais experientes serão capazes de distinguir alguns vestígios melanicos no manto e sub-plumagem, somente nas remiges poderá adivinhar-se alguns vestígios de fhaeomelanina.




TABELA DE CRUZAMENTOS

Macho Opala X Fêmea Opala

50% Machos Opala

50% Fêmeas Opala

Macho Opala X Fêmea não Opala (homozigótica) ou vice-versa



50% Machos P/ Opala

50% Fêmeas P/ Opala

a) Macho Opala X Fêmea portadora de Opala ou vice-versa



25% Machos Opala

25% Fêmeas Opala

25% Machos P/ Opala

25% Fêmeas P/ Opala

b) Macho portador de Opala X Fêmea portadora de Opala

12,50% Machos Opala

12,50% Fêmeas Opala

12,50% Machos não Opala
12,50% Fêmeas não Opala


25% Machos P/ Opala

25% Fêmeas P/ Opala



a) Não é aconselhável fazer este cruzamento, porque não conseguimos distinguir os portadores dos homozigoticos. Também não é aconselhável pelos menos motivos cruzar um portador com um não Opala


b) Neste cruzamento apenas devemos aproveitar os 25% de Opalas puros, dado que nos restantes, pelo mesmo motivo apresentado anteriormente, não distinguimos os portadores dos homozigoticos.


Por: José Ferreira

Juiz OMJ

DIGESTÃO NAS AVES

DIGESTÃO NAS AVES


A anatomia do canal alimentar das aves é notavelmente diferente da dos mamíferos na área da boca, na presença de um papo no esôfago e na existência de um estômago muscular ou moela. A boca e a faringe não são bem delimitadas na ave e, na maioria das espécies, não há palato mole. O palato duro comunica-se com as cavidades nasais. Os dentes estão ausentes e suas funções são realizadas pelo bico córneo e pela moela, havendo uma grande variedade de adaptações do bico e da língua. As glândulas salivares e papilas gustativas estão presentes, em localização e número variáveis.


As dimensões do trato digestivo variam consideravelmente entre as espécies, dependendo dos hábitos alimentares. Nos galináceos adultos, o comprimento de todo trato pode ser de 210 cm ou mais. Em geral, o esófago das aves é comparativamente longo e de maior diâmetro, sendo mais largo nas espécies que deglutem pedaços maiores de alimento. Uma dilatação do esófago, o papo, está presente na maioria das espécies, embora ausente em algumas espécies. A forma do papo pode variar de uma simples dilatação do esôfago até um ou mais sacos para fora do esófago. O estômago glandular ou pró-ventrículo das aves funciona primordialmente na secreção, embora também possa ter uma função de armazenamento nas aves que não têm papo e em algumas espécies que se alimentam de peixes.


O estômago muscular é altamente especializado para a trituração naquelas espécies que ingerem alimentos duros, ou para misturar as secreções digestivas com o alimento, nas espécies carnívoras. Na maioria das espécies, o estômago muscular compõe-se de dois pares musculares denominados músculos intermediários e músculos laterais ou, mais recentemente, conhecidos como músculos pares grosso e fino. Esses músculos não estão presentes na maioria das aves carnívoras.


O intestino delgado das aves tem um duodeno semelhante à dos mamíferos, mas além do duodeno não existem áreas delimitadas como o jejuno e o íleo dos mamíferos. O vestígio do saco vitelínico (divertículo de Meckel) pode ser encontrado mais ou menos na metade do intestino delgado. O intestino delgado é muito mais longo nas aves herbívoras do que nas carnívoras. A mucosa do intestino delgado é semelhante a dos mamíferos, excepto que as vilosidades geralmente são mais altas, mais delgadas e mais numerosas nas aves. Localizado na junção dos intestinos grosso e delgado estão os cecos que, nas aves, em geral são em número par, ao contrário dos mamíferos. Suas dimensões são influenciadas pelos hábitos alimentares e eles não estão presentes em todas as espécies. O intestino grosso das aves é relativamente curto e não é bem demarcado em reto e cólon, como nos mamíferos.


Outro órgão concernente à digestão é o fígado, que é bilobado e relativamente grande na maioria das aves; o ducto hepático esquerdo comunica-se directamente com o duodeno, enquanto o ducto direito envia um ramo para a vesícula biliar, ou pode dilatar-se localmente como uma vesícula biliar. A vesícula biliar está presente na galinha, pato e ganso, mas algumas outras espécies, como o pombo, não têm vesícula biliar. Ela dá origem aos ductos biliares que se esvaziam no duodeno, próximo a alça distal. O pâncreas fica na alça duodenal. Ele consiste, no mínimo, em três lobos e suas secreções atingem o duodeno através de três ductos.


Papo ou inglúvio: dilatação do esófago das aves, cuja função é a de armazenar o alimento durante algum tempo, antes de ser digerido. Não tem função na digestão do alimento, pois não produz enzimas digestivas. O seu grau de desenvolvimento varia nas diferentes espécies de aves; é mais desenvolvido nas espécies que se alimentam de grãos e menos, ou inexistente, nas espécies que se alimentam de peixes (v. leite-do-papo).


Sistema Digestivo

É do tipo completo. As aves possuem bico e língua córneas; não há dentes. As aves granívoras (que se alimentam de grãos) apresentam moela e papo, que são pouco desenvolvidos ou mesmo ausentes nas aves carnívoras e frugívoras (aqueles que se alimentam de carnes e frutas). No papo o alimento é amolecido. Daí o alimento vai para o proventrículo (estômago químico), passando a seguir para a moela (estômago mecânico), que é muito musculosa e substitui a falta de dentes nas aves. Após a trituração, o alimento dirige-se para o intestino delgado, onde ocorre a absorção dos produtos úteis, sendo o restante eliminado através da cloaca. A cloaca é uma bolsa onde são lançadas as fezes, a urina e os gâmetas. Como glândulas anexas ao sistema digestivo, existe no fígado e o pâncreas. Obs : o "leite-de-pomba" é uma secreção Láctea produzida pelo papo da ave adulta para a nutrição dos recém-nascidos.


Como todos os pombos, ela alimenta seus filhotes com "leite de pombo", uma substância espessa parecida com coalhada, secretada no papo do pai e depois regurgitada.


Os filhotes são alimentados com "leite de pomba", feito de células que se formam dentro da mandíbula inferior da fêmea.


Leite de papo ou "leite de pombo" – Existem aves que produzem uma secreção nutritiva por ocasião da reprodução com finalidade de alimentar os filhotes. Trata-se de uma descamação da mucosa do órgão e foi denominada leite de papo. Tal produto é estimulado pela prolactina (hipofisária) e tal produto serve para ser regurgitado no bico dos filhotes enquanto não podem deixar os ninhos em busca de alimento. O leite de papo apresenta cerca de 12,5% de proteína ; 8,6% de lípidos; 1,4% de minerais e o restante está representado pela água.


Autor: Carlos Alexandre Pessoa, Médico Veterinário

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

MUTAÇÃO OPALA

 MUTAÇÃO OPALA



O factor opala é uma mutação genética recessiva e livre, reside nos autossomas e nos cromossomas sexuais.

Este factor actua na plumagem do canário ágata da seguinte forma:


- Reduzindo a Phaeomelanina quase por completo, evidenciando o lipocromo mais nítido e luminoso.


- Reduzindo a Eumelanina negra que se apresenta de cor cinzenta azulada.


- Reduzindo quase por completo a Eumelanina castanha.


A plumagem destes canários adquire uma tonalidade cinzenta azulada, devido à ausência de melanina na parte superior das penas e a concentração desta na parte inferior, produzindo o efeito de refracção da luz ( factor óptico ).


A mutação opala é de fácil reconhecimento uma vez que as penas da parte superior do dorso são mais claras do que as da parte inferior, característica que observamos nitidamente nas penas das asas ( remiges ) e cauda ( rectrizes ).


A pena dos canários que apresentam a Eumelanina negra ( Negros e Ágatas ) é sempre mais rígida.


As partes córneas ( bico – patas - unhas ) apresentam a mesma cor dos canários clássicos.





2- CANÁRIO ÁGATA OPALA


Deve apresentar uma cor cinzento azulado, um desenho bem marcado, as estrias devem ser finas, nos canários intensos e mais largas nos relvados e mosaicos, curtas, interrompidas, alinhadas, apresentando um desenho nítido na cabeça ( bem marcado ).


O lipocromo de fundo (vermelho ou amarelo) deve ser muito luminoso, ausência e Phaeomelanina.


O bico, as patas, dedos e unhas devem ser da cor da carne da ave.

Apresentam uma subplumagem de cor cinzento pérola e os olhos são negros.




Defeitos:


- Presença de Phaeomelanina.


- Melaninas muito oxidadas ou demasiado diluídas, falta de brilho azulado, falta de bigodes, falta de estrias na cabeça e flancos, patas – bicos – unhas escuras e o lipocromo sem brilho e luminosidade.



3- CARACTERISTICAS DO STANDARD

Deve apresentar uma redução do desenho das Eumelaninas negras que se manifestam sob uma cor cinzento azulada sobre um fundo cinzento pérola.


A combinação do canário ágata e do opala, confere à ave uma plumagem com estrias cinzento azulado sobre um fundo mais claro.




4- ACASALAMENTOS


A reprodução dos canários ágata opala, na categoria mosaico é a seguinte:


- O gene opala é recessivo e livre, devendo estar sempre presente em ambos os cromossomas, para que este se manifeste, como forma de gerar, machos e fêmeas puros (homozigóticos) e portadores (heterozigóticos).


Para obtermos um bom plantel destes canários, podemos seguir diversos caminhos, conforme as disponibilidades financeiras de cada criador.






A) O caminho mais curto e dispendioso, adquirindo diversos machos e fêmeas a um criador de renome.






B) O caminho mais moroso no entanto mais económico é adquirindo um bom macho ou fêmea ágata opala, com as características da raça e proceder de seguida ao acasalamento com ágatas da linha clássica ( não devem apresentar qualquer vestígio de Phaeomelanina ).




Esta opção na primeira geração, obteremos machos e fêmeas portadores do factor opala.




5- ACASALAMENTO E RESULTADOS TEÓRICOS


- Gene opala = O


- Gene normal = N


- Macho e fêmea opala = OO


- Macho e fêmea portadores = ON


- Macho e fêmeas normais = NN


5.1 – Acasalamentos



Macho Ágata opala mosaico x fêmea Ágata opala mosaico 100% Ágata opalas mosaicos machos e fêmeas.




Nota : este acasalamento é útil para conseguir uma grande quantidade de canários opalas, no entanto pode ocorrer quer a diminuição do seu tamanho, quer a diluição das melaninas.




5.2 – Macho ágata / opala mosaico x fêmea ágata opala mosaico ou vice-versa.


50% machos e fêmeas ágata opala mosaico



50% machos e fêmeas ágata / opala mosaico



Nota: este acasalamento é muito importante porque evita a degradação da pena e ao mesmo tempo a intensidade do desenho ( marcação do desenho dorsal e flancos ).




5.3 – Macho ágata / opala mosaico x fêmea ágata / opala mosaico.


25% machos e fêmeas ágata opala mosaico



50% machos e fêmeas ágata mosaico / opala



25% machos e fêmeas ágata mosaico
Nota: nos machos e fêmeas não opalas e respectivos portadores o seu reconhecimento só é possível através de futuros cruzamentos.



Os exemplares puros ( opalas ) são de qualidade superior.


Este cruzamento tem como finalidade melhorar as características dos canários opalas e ao mesmo tempo aumentar a sua resistência genética.


5.4 – Canários para exposição


Devem apresentar:


- Uma plumagem o mais límpida possível.


- Um lipocromo brilhante intenso ( nas zonas de eleição com a mesma tonalidade ).


- Não deve apresentar remiges e rectrizes pigmentadas.


- O comportamento na gaiola de exposição deve ser dócil e tranquilo, para o juiz o poder observar em todo o seu esplendor.


- Deve apresentar um ângulo de 45 graus ( quando está no poleiro ) e que a cabeça, dorso e cauda formem uma linha recta


- Forma o mais harmoniosa possível e não demasiado fino.


Por: Carlos Lima (Juiz CNJ/OMJ)


domingo, 10 de janeiro de 2010

Standard de canários de Porte

GRUPO I – FRISADOS GRANDE PORTE




GRUPO II – FRISADOS LIGEIROS
GRUPO III – FRISADOS LIGEIROS COM POSIÇÕES ESPECIFICAS
GRUPO IV – PLUMAGEM LISA COM POSIÇÃO ESPECIFICA
GRUPO V – PLUMAGEM LISA DE FORMA E POSIÇÃO

Recentes Subdivisões de Cor no Border
- Variegados Intensivos / Nevados
- Melânicos Intensivos / Nevados (Verdes e os Canelas)
- Amarelos Intensivos / Nevados
- Brancos e Todos os de Fundo Branco (Inclui os Azuis e os Castanhos Brancos)
GRUPO VI – PLUMAGEM LISA C/POUPA E SEUS PARES S/POUPA




quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

OVO NA ALIMENTAÇÃO DO CANÁRIO


O ovo na alimentação do canário



Nos primeiros dias de vida do Canário, a administração do ovo cozido as mães constitui um meio idóneo de aportar ao regime alimentar, daquele delicado período, determinadas substâncias das quais uma ninhada tem absolutamente necessidade e que não encontra em outros alimentos.


Na teoria, estas mesmas substâncias que por 13 dias ou seja, pelo período de incubação, tem alimentado o embrião, permitindo o seu desenvolvimento, se continuam a ser administradas através da embicagem dos pais desde a eclosão, asseguram uma certa continuidade nutritiva num período muito delicado do ninhada que vai até o 7-10º dia de vida.


Dessa forma, o instinto impele uma boa Canárias a nutrir-se, nos primeiros dias da eclosão dos seus pequeninos, de muito ovo, garantindo aquela substância indispensável ao primeiro desenvolvimento corpóreo do filhote. Penso que este intuito ocorreu desde o primeiro instante no qual o primeiro criador iniciou a criar estes nossos canários em gaiola; e desde então nenhum criador mais sonhou em criar canários sem o emprego do ovo como alimento base.


Devido a isto, devemos recorrer sem nenhuma alternativa, procurando saber quais são as substância nutritivas que o tornam tão precioso na alimentação dos nossos pássaros.


O ovo que nos usamos, normalmente aquele de galinha, é composto da gema, clara (albume), membrana testácea (dita véu) e casca. Estas quatro partes não têm o mesmo peso nem a mesma composição química.


Em linhas gerais, no ovo de galinha 6 partes do peso total pertencem a albumina, 3 partes a gema e uma parte a casca e membrana testácea. Assim pois, em um ovo de galinha que pese cerca de 60 gramas, teremos que 36 gramas é o peso da albumina, 18 de gema e 6 de casca e membrana testácea.


COMPOSIÇÃO DO OVO


O ovo é composto de Água - presente em 73,5% do peso total; Proteína 12,5%; Gorduras - 12%; Sais minerais (cinzas) 1% (considerando somente aqueles da gema e da alumina e desprezando aqueles da casca não utilizada).


Tais componentes estão distribuídos nas várias partes do ovo, que ora examinaremos, em quantidades não iguais.


GEMA


É composta essencialmente de proteínas presentes na razão de 17% e gorduras na razão de 33%. Tem um conteúdo de água de 47%. Estão presentes também alguns carotenóides que contêm aquela cor mais ou menos amarela à gema.


Tais carotenóides presentes em dose de 0,02%, são constituídos essencialmente de Caroteno (Betacaroteno) e da Xantofila (Luteína, Zeaxantina).


Os canários de cor, além que das verduras (cenoura, espinafre, couve) e da papa e de alfafa, esta ultima empregada por muitos criadores na preparação da ração farinhada, podem tirar, portanto também do ovo aqueles carotenóides naturais úteis na pigmentação das penas. Se consideramos que a farinha de alfafa é considerada rica de Carotenos, com um conteúdo de 60 mg por quilograma, devemos admitir, sob este aspecto, que o ovo é mais apropriado para aportar pigmentos naturais na alimentação tendo um conteúdo de carotenos de cerca de 200 mg por quilograma.


A gema, além disso, conte Vit. A,D,F,K, aquelas do complexo B e a Biotina (Vit. H.).


Vários estudiosos do sector sustentam que é quase impossível calcular o conteúdo vitamínico de um ovo, por quanto esse depende de muitos factores, em tais como a estação, o tamanho do ovo, raça e idade da galinha, a alimentação, etc.


Como exemplo, a vitamina A é muito elevada no ovo produzido no início da postura; a Vitamina D é maior nos ovos postos no verão. Parece, além disso, que os ovos menores contêm uma maior quantidade de Vit. B 2 e que a quantidade de Vit. B 1 depende da raça da galinha.


Quanto ao que se refere aos minerais, e necessário se ter em conta que o elemento que se encontra em maior quantidade é o fósforo seguindo do enxofre.


Na gema, além disso, estão contidas todas as gorduras presentes no ovo. O percentual dessas é de 33%.


Esta presença relevante de gorduras, na gema, sugere que: abusar do ovo de alimentação dos Canários em geral, se de um lado se permite enriquecer a dieta com proteína animal de alto valor biológico e com vitaminas naturais, do outro pode-se criar dificuldade de natureza digestiva pelos efeitos negativos que o próprio teor de gordura exercita a partir do fígado. Tais inconvenientes as vezes se acentuam se é usada somente a gema no lugar do ovo inteiro. Estamos portanto diante de uma arma de dois gumes que se precisa saber usar com prudência.


ALBUMINA


É composta, na maior parte, de água e proteína. De fato, contem 85% de água e 10% de proteína. Escassa a presença de gordura (1%) de glicídios (0,5%), de minerais (0,5%) e de vitaminas.


O menor percentual de proteína presente na albumina nos confrontos daquele contido na gema, não deve fazer supor que o segundo aporte mais proteína que o primeiro.


Os dois componentes de ovo tendo pesos diferentes, para um diverso conteúdo de água (85% na albumina, 47% na gema), têm diferentes concentrações de proteína mas as duas quantidades são quase idênticas.


De fato, se a gema pesa cerca de 18 gramas, teremos uma quantidade de proteína igual a: 18 x 17,5: 1000 = 3,5 grs. E se a albumina pesa cerca de 36 grs. teremos uma quantidade de proteína igual a: 16 x 10,5: 1000 = 3,7 grs.


Como se vê, os dois valores quase se equivalem.


É errado, portanto, do ponto de vista nutritivo, empregar somente a gema, como aconselham alguns: assim fazendo além de causar uma perda inútil, se rompe o equilíbrio de certos valores nutritivos de um alimento assim precioso.


Na tabela que segue reportamos os aminoácidos essenciais contidos no ovo inteiro, separadamente, na gema e albumina.


Conteúdo em aminoácidos indispensáveis do ovo calculado em % de proteína.


AMINOÁCIDOS OVO INTEIRO GEMA ALBUMINA


Arginina 6,4 8,2 5,8


Fenilalania 6,3 5,7 5,5


Isoleucina 8,0 2,3 4,4


Histidina 2,1 2,6 2,2


Leucina 9,2 2,3 4,4


Lisina 7,2 5,5 6,5


Metionina 4,1 2,3 4,4


Treonina 4,9 2,3 4,4


Triptófano 1,5 1,6 1,6


Valina 7,3 2,3 4,4


Fazendo um confronto do mencionados valores resulta o exemplo que na albumina a Metionina (aminoácido indispensável útil em toda fases da vida do canário) está em quantidade superior aquela contida na gema (4,4% na albumina, 2,3% na gema).


A Arginina, vice-versa, está contida em 8,2% na gema e 5,8% na albumina.


Recordemos também que Arginina e Metionina, aminoácidos sulfurados, são elementos indispensáveis no processo biológico da formação da pena.


Continuar portanto, a administrar ovo cozido, possivelmente amalgamado na ração farinhada também no período da muda, vale dizer enriquecer a dieta de aminoácidos e vitaminas naturais que permitem uma óptima troca de penas, especialmente naqueles exemplares de particular selecção.


Em definitivo, os princípios nutritivos da albumina e gema, pelo que concerne aos valores proteicos, se compensam e se integra a revés para formar do ovo o alimento de mais alto valor biológico.


A titulo informativo, citamos que na alimentação humana, o ovo tem um valor biológico de cerca de 80%, contra 70% do leite e da carne, e que dois ovos equivalem a cerca de 10 gramas de carne.


Em Zootecnia, o valor biológico de ovo para crescimento de ratos é de 96%, o da caseína de 73%, o da farinha de soja de 75%, de levedura de cerveja e 60% (dizendo que o Valor Biológico, por ex. da farinha de soja, é de 75%, vale dizer que 75% do nitrogénio presente na proteína digerível da soja é usado pelo organismo para o acréscimo celular. Assim o ovo, no rato, com o V.B. de 96% intervém quase a cem por cento no processo de crescimento do organismo).


CASCA


Na casca estão contidos quase todos sais minerais do ovo, somente uma mínima parte (como foi dito, de 1%) está contida na gema e na albumina.


A casca, em toda sua qualidade (6,gr), está constituída assim, essencialmente de Carbonato de Cálcio. Em mistura muito interior estão presentes Magnésio e Fosfato de Cálcio.


Alguns criadores usam a casca de ovo, evidentemente triturada e misturada à ração farinhada: não se faz outra coisa que acrescentar à dieta uma complementação mineral constituída predominantemente de Carbonato de Cálcio.


A ESCOLHA DO OVO


Ovos limpos.


É prudente usar ovos que venham de granja higienicamente controlada e assim de galinha sãs.


De fato, o ovo, apesar da deposição, se sucessivamente conservado em ambiente higienicamente perfeito, fica isento daqueles germes patogénicos que poderão comprometer a saúde dos filhotes.


Deve-se evitar a utilização de ovos com casca quebrada ou lesada porque podem estar contaminados com bactérias e fungos. Todavia deve-se ter em conta que o ovo por si só, dentro de certos limites, possui defesas químicas contra a invasão de bactérias que se encontram inevitavelmente em nosso ambiente.


É a albumina que contém esta defesa química que impede o desenvolvimento de bactérias através de algumas das suas proteínas (lisozima, globulina, etc.) que exercem acção bactericida.


Também a membrana testácea de ovo, estando interposta entre a casca e a albumina, constitui uma espécie de filtro que impede a passagem das bactérias as quais atravessam os poros da casca podendo contaminar a parte interna do ovo.


A necessidade porém diz que a prolongada cocção torna o ovo pouco digerível e também mais prejudicado nos seus princípios nutritivos.


O ideal seria usar ovos logo que depostos e crus; mas isto obviamente não é possível para o nosso fim, para o qual é necessário tornar o ovo duro sem submete-lo a cozimento prolongado.


Já há tempo usamos o sistema de levar ao fogo a água e ovos ao mesmo tempo, até quando a água começa a ferver. Neste ponto desliga-se o fogo e espera-se que a água esfrie. Tem-se assim o ovo já pronto para ser usado na preparação da ração farinhada; estarão igualmente duros sem terem sido submetidos a prolongado cozimento.


OVOS FRESCOS


Tendo-se em vista que o ovo é teoricamente fresco no alto da deposição, é conveniente usar ovos adquiridos directamente de uma casa de confiança para serem consumidos em torno de poucos dias.


Colocando-se um ovo em transparência, mediante uma lâmpada acesa, ele é considerado fresco quando:


1-a câmara de ar é quase invisível


2-a gema acha-se no centro do ovo;


3-a clara é transparente.


Quando se abre um ovo cru, este é fresco quando a clara é consistente e a gema não se alarga nem achata.


Enfim, o ovo é fresco se, colocado em uma panela de água, ficar no fundo.


QUANTIDADE


A quantidade a ser usada é normalmente de um ovo para cada 100 gramas de ração farinhada, no período de criação dos filhotes. Quantidade menor durante a muda das penas. No período de repouso o ovo pode ser eliminado.


Obviamente estes são dados orientativos, já que estão em função da ração farinhada em uso que não deve ser preparada somente à base de farinha de pão...


UMA CONSIDERAÇÃO


A este ponto surge espontaneamente uma consideração: Empregando o ovo, que tem um conteúdo proteico de 12,5%, misturado à ração farinhada que se bem preparada tem um percentual proteico que oscila de 17 a 20%, se abaixa voluntariamente o teor proteico da mistura ovo mais ração farinhada.


Agora todos os nossos cálculos, às vezes escrupulosos na preparação da ração farinhada, tornam-se compromissos próprios da união de um alimento que nós usamos porque é de alto valor nutritivo.


O discurso reinaria se não se tratasse próprio do ovo.


Tanto e verdade que usando, por ex. sêmola de trigo que tem um percentual de proteína mais ou menos igual aquela do ovo, poderia se substituir este último com o equivalente conteúdo (60grs) do primeiro, sem alterar a quantidade de proteína junta. Mas isto do ponto de vista quantitativo e não qualitativo.


É observada a boa qualidade da proteína, ou seja, o alto, valor biológico, que faz do ovo um alimento insubstituível na alimentação dos pássaros criadas em cativeiro, essencialmente no período reprodutivo.

Mario Di Natale - Itália


Reggio Emilia - Pintassilgos